Ataque
seria possível acerto de contas entre traficantes de drogas
O ex-presidiário José
Lúcio Soares Maia, 26, (o Anjinho) morador da rua 2, Itaúna II, escapou de ser
morto a tiros duas vezes. A primeira tentativa aconteceu por volta de 12h de
segunda-feira, 8, na rua 12, mesmo bairro, a segunda por volta de 10h30 de terça-feira,
9, na rua 2. Lúcio conseguiu correr, mas foi atingido com tiros no braço, pé e
coxa na esquerda.
Segundo denúncia de uma
jovem que esteve no Hospital Padre Colombo, onde Lúcio foi hospitalizado, os
disparos foram efetuados por um elemento conhecido por Leleco que estaria em
Parintins tentando dominar o tráfico de drogas. Ele estava armado de pistola e
chegou na casa da vítima, disparou várias vezes em direção a José Lúcio que
estava na sala acompanhado da esposa e do filho de um ano e oito meses que por
pouco não foi atingido.
José revelou que Leleco
vende óxi, pó, mel, maconha e anda armado com revolveres e pistolas. “Quando
ele cheira pó (cocaína) enlouquece e sai atirando todo mundo, já me acertou 3
tiros. Me atirou e não soube matar, já que a polícia não pega ele, não vou
esquentar, vou me safar e resolver isso”, alerta.
Maia afirma que no
passado conheceu Leleco e procurado por ele não aceitou trabalhar para o mesmo.
“Por causa do meu filho ficaria fora desse mundo de desgraça, mas, não
concordou”. Ele afirmou ainda “a polícia tem que pegar ele e a mulher dele que
moram no Monte das Oliveiras, eles estão abastecendo a cidade. Ela manda a
droga nos barcos de recreios que ficam ou passam em Parintins”, comenta.
Acertos
O delegado Ivo Cunha,
titular da 3ª Delegacia Interativa de Polícia (3ª DIP) afirma, que possivelmente
os ataques a tiros estejam acontecendo por causa de acertos de contas entre
traficantes de drogas que até então não existia em Parintins. “Com o
patrulhamento do Ronda nos Bairros em Manaus os marginais se refugiam para o
interior e começam a trocar tiros”, afirma.
De acordo com ele,
Leleco é um elemento de alta periculosidade e possivelmente seja um dos
bandidos foragidos da Anísio Jobim, cadeia pública de Manaus. “Estamos com as
equipes de agentes no encalço dele assim que conseguirmos capturá-lo será
recambiado a Capital do Estado para terminar de cumprir a pena pela qual estava
preso e também pelo crime de tentativa de homicídio cometido em Parintins”,
garante.
As inteligências das
polícias Civil e Militar devem iniciar investigação para apurar denúncia feita
por uma jovem que acompanhava José Lúcio no hospital. Ela relatou nomes e
afirmou existir uma quadrilha comandada por Leleco de tentar comandar o tráfico
de drogas em Parintins. “Eles são muito violentos e quando estão sob efeito de
drogas, ficam loucos atiram em todo mundo. Tem gente aqui fornecendo moto e
armas para eles”, afirma a jovem.
Kátia Marinho foi flagrada acusada de fornecer a moto utilizada nas
tentativas de homicídios. “O Anjinho que após deixar o hospital foi conduzido a
3ª DIP, conseguiu voar e agora está sendo procurado, pois é foragido da
Justiça”, afirma uma fonte que preferiu não ter o nome revelado.
Leleco
X Anjinho
Momentos antes do
fechamento da edição do Jornal Gazeta Parintins de hoje (11) um morador da rua
2 do Itaúna II ligou para nossa redação informando que o elemento conhecido
como Leleco teria invadido uma casa ao lado de onde mora na tentativa de
encontrar Anjinho foragido que por duas vezes já foi baleado pelo acusado.
O cidadão afirma que ao
sair da rua 2, casa de um dos irmãos de Anjinho, Leleco de arma em punho
invadiu a casa de outro irmão de Anjinho na rua 12. Apavorado o cidadão implora
que a polícia tome uma atitude e ponha fim na situação antes que alguma vida
seja ceifada.
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